terça-feira, 30 de abril de 2013

A galinha dos ovos de ouro

De Porto Alegre chega a informação que o Grêmio já tem um déficit de R$ 28 milhões referente aos 3 primeiros meses do ano. A divida se acumula com os repasses que o tricolor teria que fazer para a OAS, empresa responsável pela construção da Arena e folha salarial. A saída de alguns atletas, principalmente, Marcelo Moreno e Gabriel já deram uma aliviada, mas ainda é pouco.

O ano do Grêmio passa muito pelo rumo que o time conseguir dar na Libertadores da América. O time gaúcho tem o plantel mais caro do futebol brasileiro e precisa "fazer dinheiro" para manter um time competitivo e as contas saudáveis. Não tenho duvida que o clube passara por nova reformulação assim que a competição Sul-americana acabar, caso não venha o título.

Fernando
Uma coisa é certa. Hoje, a "galinha dos ovos de ouro" é o volante Fernando.  Convocado para os últimos amistosos da seleção brasileira e provavelmente na lista dos que vão disputar a Copa das Confederações, o jogador é a principal moeda do clube para fazer ou saldar as dividas de caixa. Mesmo sendo um dos jogadores mais importantes do time é quase certa a sua saída antes do fim do ano. O problema é que ele é o único jogador do atual elenco do Grêmio capaz de dar lucro pro time. Os demais são veteranos ou promessas de futuro. Outro jogador promissor ja foi vendido, Guilherme Biteco, para o Hoffnhainer. E agora??? É necessário desonerar a folha de pagamento. Esta na hora do clube voltar a apostar um pouco mais na base. Matheus Biteco já esta sendo preparado para a vaga de Fernando. E o que mais???Vejo que será questão de tempo para que os jovens Bressan e Alex Telles ganhem espaço no time titular do Grêmio. Ambos tem potencial e são jovens. Isso abriria mão de Cris, Fábio Aurélio, constantemente lesionado, ou André Santos. Se bem que o último veio pelo salário, o que garantiria ele pelo menos até o fim do ano.  O que manteria esses três atletas é a relação como técnico Vanderlei Luxemburgo.

domingo, 28 de abril de 2013

Grêmio e a síndrome da seleção Brasileira.

Inegavelmente, o plantel do Grêmio em 2013 é qualificadíssimo. Os bons Fernando, Souza, Zé Roberto e Elano ganharam a companhia de outros selecionáveis como Dida, Cris, André Santos, Vargas e a chamada “cereja do bolo”, Barcos. Acredito que boa parte desses jogadores seria o sonho de consumo de outras torcidas, mas felizmente, a diretoria do Grêmio foi mais rápida e despejou mais dinheiro que os outros clubes e conseguiu abocanhar esses atletas.
Vanderlei Luxemburgo

O cenário parece ainda melhor, no banco de reservas tem um técnico que reconhecidamente um dos maiores estrategistas do Brasil, multicampeão, Vanderlei Luxemburgo. Na comissão técnica, outros dois ídolos tricolores, Roger e Emerson e sem contar na “múmia” Fábio Koff, que é chamado assim, pela coleção de faixas e títulos que conseguiu como Presidente do Grêmio.
Depois de tudo isso que relatei para o mais desavisado me perguntaria: Mas esse time está “patrolando” todo mundo? Minha resposta mais óbvia seria sim, mas a realidade é mais dura e mostra um time de craques com um futebol pequeno e de pouca criatividade. Explicações para isso: Falta de entrosamento, arbitragens ruins, gramado longe do ideal, são algumas das justificativas. Mas, acho tudo muito pouco para resumir fracassos desse forma
Vejo o problema ocorre também na seleção Brasileira. Essa síndrome de um futebol fraco com jogadores que podem ser “promessas” de bons resultados. No time do Felipão e do Parreira, dois técnicos campeões do mundo, temos os promissores Neymar, Lucas e Oscar. Alguns veteranos como Ronaldinho e Kaka, por vezes surgem, para dar equilíbrio ao plantel. Com tudo isso, continuo “encucado”. O que acontece com o Grêmio e com a Seleção Brasileira.
Paul Breitner
Tendo encontrar respostas e encontro uma, que considero plausível, feita pelo atual técnico do Vasco da Gama, Paulo Autuori ao analisar a crise do Futebol Brasileiro. Entre outras palavras, ele fala da soberba de técnicos, jogadores e imprensa. O mais grave apontado por ele é falta de estudo técnico e tático por nossos “professores do futebol” que segundo Autuori estão desatualizados com o que acontece no mundo e se negam a reconhecer que os profissionais que trabalham na Europa evoluíram, enquanto que os nossos ficaram no Ócio.
Em uma entrevista ao programa Bola da vez da ESPN, o ex-jogador e dirigente do Bayer de Munich, Paul Breitner, facilmente diagnosticou as carências do futebol brasileiro. Perdemos a referencia e o aprimoramento. Segundo ela é preciso encontrar um jeito de jogar mais rapidamente e formar uma liga forte. E disso, ele entende bem. Hoje a Bundesliga é um dos melhores campeonatos do mundo e o país tem tudo para ficar com o título do torneio mais importante, a Liga dos Campeões da Europa.

Atualmente, no Brasil só vejo um time jogando um futebol moderno que hoje é aplicado pelos grandes da europa, o Corinthians. Se o timão não tem o Messi e o Cristiano Ronaldo, busca a qualidade em um Alexandre Pato e no jogo de solidariedade do time. Todos marcam e atacam. O esquema tático e a “entrega” dos atletas em campo transformam o Corinthians num time moderno dentro das quatro linhas e fora de campo vai ensinando a como explorar melhor o marketing.