sábado, 18 de maio de 2013

O Laçador está envergonhado


por Eduardo Selvero Neto
A derrota do Grêmio para o Independiente Santa Fé pode ser abordada de inúmeras maneiras. Podemos procurar culpados, gols perdidos ou falar de arbitragem. Mas me assusta a necessidade de falar sobre atitude. Não esqueci nenhuma letra, infelizmente. Para a aLtitude, o Grêmio se preparou. O que faltou foi atitude mesmo.

Este texto, por incrível que pareça, é inspirado na "corneta" de um colorado. Não é nenhuma celebridade. Apenas um grande amigo que veio me dizer: " - Não podemos aceitar que um clube gaúcho vá até a Colômbia e perca a vaga assim, de graça!". Prontamente respondi: " - É verdade, até o laçador deve estar com vergonha". Entendo que era uma corneta, com o cunho bairrista característico, mas fui obrigado a concordar.

Entretanto, a colocação serviu para me fazer pensar no jogo. Por que ele disse "de graça"? Basta repassar lances do jogo para entender o que ele quis me dizer. Afinal, como se ganha uma partida de futebol sem ao menos tentar? Retórica, então vamos adiante.

Ao longo da preparação, a mídia trazia indícios de um Grêmio diferente. Utilizando expressões como "visitante indigesto", passamos a acreditar que veríamos a mesma equipe que foi ao Engenhão encarar o Fluminense e marcar três vezes. Otimistas, torcedores do tricolor contavam com a lembrança daquele jogo para imaginar que, uma vez adaptados a altitude, aqueles jogadores considerados ideais dominariam o jogo.

E por que não? Afinal, é um sacrilégio futebolístico comparar Santa Fé e Fluminense, por exemplo. Finalmente entramos no assunto atitude. O visitante indigesto, motivado, entrosado e adaptado time do Professor Luxa entrou em campo para não jogar. É muito adjetivo para pouco futebol.

Sejamos justos. Como vamos culpar jogadores que foram orientados a não jogar e apenas destruir ou retardar a partida? Li um texto que apontou Barcos como pior jogador em campo. Mas me parece lógico que um jogador com as características do Pirata não vá bem quando orientado a atuar como volante. Algumas vezes caiu para a esquerda segurando a bola e tentando criar alguma jogada. Me pergunto que instrução fora passada aos volantes, se o "homem gol" da equipe tinha essa missão.

Querendo ou não, ficará a lembrança de uma libertadores medíocre, em que o clube negociou muito, gastou alto e, na hora da verdade, posicionou seus 11 jogadores atrás da linha que divide o campo. Quanto tempo precisaremos para esquecer que Vanderlei Luxemburgo montou o Grêmio para enfrentar o Independiente Santa Fé atacar, como se eles fossem um bicampeão da taça libertadores e o Imortal fosse o humilde time que nunca ganhou um título fora da Colômbia.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Nico sempre Nico


Nico Nicolaiewsky me surpreende novamente com um show tocando musica de artistas de massa. "Musica de Camelo", esse é o nome do show que ficará em São Paulo durante todo mês de maio. O que faz ficar cada vez mais fã desse artista é o desapego as opiniões e preconceitos musicais.
O cara interpreta canções no piano quase em tom de recital músicas como "Aí se eu te pego", "To nem aí" e até o tema de abertura do desenho Pokemon. O mais incrível é que a nova roupagem da a demonstração de que toda musica bem trabalhada pode emocionar e encantar
A genialidade como musico, interprete, compositor e junto com Hique Gomes nos tangos e tragédias mostram a verdadeira faceta de um artista. O poder de sempre se reinventar, principalmente, tornando coisas simples em um belo material.