domingo, 28 de abril de 2013

Grêmio e a síndrome da seleção Brasileira.

Inegavelmente, o plantel do Grêmio em 2013 é qualificadíssimo. Os bons Fernando, Souza, Zé Roberto e Elano ganharam a companhia de outros selecionáveis como Dida, Cris, André Santos, Vargas e a chamada “cereja do bolo”, Barcos. Acredito que boa parte desses jogadores seria o sonho de consumo de outras torcidas, mas felizmente, a diretoria do Grêmio foi mais rápida e despejou mais dinheiro que os outros clubes e conseguiu abocanhar esses atletas.
Vanderlei Luxemburgo

O cenário parece ainda melhor, no banco de reservas tem um técnico que reconhecidamente um dos maiores estrategistas do Brasil, multicampeão, Vanderlei Luxemburgo. Na comissão técnica, outros dois ídolos tricolores, Roger e Emerson e sem contar na “múmia” Fábio Koff, que é chamado assim, pela coleção de faixas e títulos que conseguiu como Presidente do Grêmio.
Depois de tudo isso que relatei para o mais desavisado me perguntaria: Mas esse time está “patrolando” todo mundo? Minha resposta mais óbvia seria sim, mas a realidade é mais dura e mostra um time de craques com um futebol pequeno e de pouca criatividade. Explicações para isso: Falta de entrosamento, arbitragens ruins, gramado longe do ideal, são algumas das justificativas. Mas, acho tudo muito pouco para resumir fracassos desse forma
Vejo o problema ocorre também na seleção Brasileira. Essa síndrome de um futebol fraco com jogadores que podem ser “promessas” de bons resultados. No time do Felipão e do Parreira, dois técnicos campeões do mundo, temos os promissores Neymar, Lucas e Oscar. Alguns veteranos como Ronaldinho e Kaka, por vezes surgem, para dar equilíbrio ao plantel. Com tudo isso, continuo “encucado”. O que acontece com o Grêmio e com a Seleção Brasileira.
Paul Breitner
Tendo encontrar respostas e encontro uma, que considero plausível, feita pelo atual técnico do Vasco da Gama, Paulo Autuori ao analisar a crise do Futebol Brasileiro. Entre outras palavras, ele fala da soberba de técnicos, jogadores e imprensa. O mais grave apontado por ele é falta de estudo técnico e tático por nossos “professores do futebol” que segundo Autuori estão desatualizados com o que acontece no mundo e se negam a reconhecer que os profissionais que trabalham na Europa evoluíram, enquanto que os nossos ficaram no Ócio.
Em uma entrevista ao programa Bola da vez da ESPN, o ex-jogador e dirigente do Bayer de Munich, Paul Breitner, facilmente diagnosticou as carências do futebol brasileiro. Perdemos a referencia e o aprimoramento. Segundo ela é preciso encontrar um jeito de jogar mais rapidamente e formar uma liga forte. E disso, ele entende bem. Hoje a Bundesliga é um dos melhores campeonatos do mundo e o país tem tudo para ficar com o título do torneio mais importante, a Liga dos Campeões da Europa.

Atualmente, no Brasil só vejo um time jogando um futebol moderno que hoje é aplicado pelos grandes da europa, o Corinthians. Se o timão não tem o Messi e o Cristiano Ronaldo, busca a qualidade em um Alexandre Pato e no jogo de solidariedade do time. Todos marcam e atacam. O esquema tático e a “entrega” dos atletas em campo transformam o Corinthians num time moderno dentro das quatro linhas e fora de campo vai ensinando a como explorar melhor o marketing.




Um comentário: