quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A cultura do comentário

A cada dia fico mais impressionado com o excesso de comentaristas. É na TV, rádio, jornal, revista, etc. Para deixar bem claro, não sou contra a emissão de opinião. Até porque uso o blog com essa intenção, mas o que me chama a atenção é que atualmente tem gente para analisar tudo. Tradicionalmente, temos os comentários políticos, econômicos, esportivos entre outros que servem para ajudar a entender um pouco mais sobre cada área. Claro que temos também especialistas em tecnologia, música, judiciário, gastronomia, cinema e se continuar a enumerar categorias vou passar o dia inteiro escrevendo. Isso mostra um pouco do que chamo da cultura do comentário. É a necessidade de falar sobre todos os assuntos emitindo uma opinião. O cidadão também gosta de ouvir esse “analista” para criar uma polêmica ou simplesmente concordar com o tal especialista na área. Geralmente no senso comum as pessoas tendem a concordar com os comentaristas. Mas o que me desperta a curiosidade é saber por que criaram novas categorias como “comentarista de Big Brother” e de “novela”. Assistindo à um desses programas de televisão a tarde, vi três “analistas” discutindo a postura e se fulano presta ou não no Big Brother. Continuei olhando o tal programa. Tive a sensação de estar assistindo um programa como o Canal Livre, só que exclusivamente para analisar cada passo dos integrantes do Big Brother. Aí começa a banalização dos comentários. Outra coisa, a análise de cada cena e de como o personagem deve fazer na novela. Se bem sei, a novela é uma obra fechada. Que às vezes até muda por causa da opinião popular. Mas chegar ao ponto de dizer o que o personagem deve fazer sem saber a sinopse do material, é muito achismo e necessidade de falar sobre o nada.

Um comentário:

  1. Puxa vida, já assisti a esse programa A Tarde É Sua. É deprimente as filosofias que eles fazem em torno do BBB e das novelas... Meu deus! É ridículo!
    :=)

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