O campeonato de futebol do
Distrito federal já tem as suas peculiaridades por reunir times modestos e com
pouco investimento. O público também não comparece como se espera e muitas
vezes a arrecadação com a bilheteria acaba sendo irrisória. Com tudo isso, o
Candangão sempre teve algumas atrações que movimentavam o campeonato. Por vezes
eram os craques do passado. Tivemos Túlio, Marcelinho Carioca, Júnior Baiano, Iranildo,
Aloisio Chulapa, só para citar alguns. Hoje o campeonato se resume a Lúcio Bala
(Luziania) e Dimba(Sobradinho). Os demais são jovens atletas ou velhos
conhecidos que nunca despontaram no futebol, exceto o fato de se tornarem
conhecidos por perambular pelos times do DF.
Outro fator que vai tirando a
empolgação do torcedor é o retrospecto nas competições nacionais. Depois de ver
Brasiliense e Gama na Série A e B por vários anos, hoje os dois times se
contentam com uma vaga na série D, a quarta divisão do campeonato Brasileiro.
Muito pouco para uma cidade rica
que poderia ter no futebol mais organização e eventos.
É incrível também a dependência dos
clubes junto ao Estado para se fazer futebol. Todos os estádios são do Poder
público e não há campanha ou planejamento para arrecadação de fundos para
tornar os times mais rentáveis. Com cotas modestas e falta de organização, tudo
anda aos trancos e barrancos.
O candangão deste ano poderia ser
rebatizado como o “semgração 2014”. Atrativo deve ser o estádio Mané Garrincha,
que vai servir apenas na final da competição. Até lá os 12 clubes (Atlético Ceilandense,
Brasilia, Brasiliense, Capital, Ceilândia, Formosa, Gama, Legião, Luziania,
Paracatu, Santa Maria e Sobradinho) se revezam em Estádios com pouco ou nenhuma
infraestrutura como Serejão, Bezerrão, Abadião e Augustinho Lima. Outros como o
Cave e o Adonir Barbosa podem ainda ser incluídos, mas sem mudar muito a
empolgação.
É chato você começar mais um
campeonato local sem a perspectiva de ver mudanças positivas. São sempre as
mesmas coisas, mesmas desculpas, mesmos argumentos para que o campeonato não
decole. Como otimista, estarei em algumas partidas prestigiando e sonhando algum
dia ver um campeonato modesto se tornar, pelo menos, atrativo.
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