terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Candangão 2014 começa no fim-de-semana e deve ter a edição mais sem graça da história.


O campeonato de futebol do Distrito federal já tem as suas peculiaridades por reunir times modestos e com pouco investimento. O público também não comparece como se espera e muitas vezes a arrecadação com a bilheteria acaba sendo irrisória. Com tudo isso, o Candangão sempre teve algumas atrações que movimentavam o campeonato. Por vezes eram os craques do passado. Tivemos Túlio, Marcelinho Carioca, Júnior Baiano, Iranildo, Aloisio Chulapa, só para citar alguns. Hoje o campeonato se resume a Lúcio Bala (Luziania) e Dimba(Sobradinho). Os demais são jovens atletas ou velhos conhecidos que nunca despontaram no futebol, exceto o fato de se tornarem conhecidos por perambular pelos times do DF.

 
Outro fator que vai tirando a empolgação do torcedor é o retrospecto nas competições nacionais. Depois de ver Brasiliense e Gama na Série A e B por vários anos, hoje os dois times se contentam com uma vaga na série D, a quarta divisão do campeonato Brasileiro.

Muito pouco para uma cidade rica que poderia ter no futebol mais organização e eventos.
É incrível também a dependência dos clubes junto ao Estado para se fazer futebol. Todos os estádios são do Poder público e não há campanha ou planejamento para arrecadação de fundos para tornar os times mais rentáveis. Com cotas modestas e falta de organização, tudo anda aos trancos e barrancos.

O candangão deste ano poderia ser rebatizado como o “semgração 2014”. Atrativo deve ser o estádio Mané Garrincha, que vai servir apenas na final da competição. Até lá os 12 clubes (Atlético Ceilandense, Brasilia, Brasiliense, Capital, Ceilândia, Formosa, Gama, Legião, Luziania, Paracatu, Santa Maria e Sobradinho) se revezam em Estádios com pouco ou nenhuma infraestrutura como Serejão, Bezerrão, Abadião e Augustinho Lima. Outros como o Cave e o Adonir Barbosa podem ainda ser incluídos, mas sem mudar muito a empolgação.

É chato você começar mais um campeonato local sem a perspectiva de ver mudanças positivas. São sempre as mesmas coisas, mesmas desculpas, mesmos argumentos para que o campeonato não decole. Como otimista, estarei em algumas partidas prestigiando e sonhando algum dia ver um campeonato modesto se tornar, pelo menos, atrativo. 

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