segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Nos bastidores: Os toques de Estevão


É impressionante como participa do jogo o Presidente do Brasiliense Luiz Estevão. No jogo deste fim-de-semana que o jacaré venceu fora de casa por 2 a 1 o Sobradinho, vi que a discrição do ex-senador se confunde com a de um torcedor/técnico na arquibancada. Fiquei ao lado dele e da comissão e pude presenciar seu comando não só fora das quatro linhas, principalmente, dentro dela.

A primeira frase que ouvi foi logo nos primeiros minutos de jogo quando o jogador Baiano cobrou o escanteio e a bola foi na cabeça de Luis Carlos que colocou nas redes. Em meio a comemoração, Luiz Estevão suspira e desabafa " "eu disse pro Reinaldo começar com o Baiano. E ele queria deixar no banco". A interferência do Presidente se deu nos 90 minutos. Era muito interessante ver ele falar alguma coisa do time, o assessor ligar para o auxiliar técnico que imediatamente passava as informações para o Reinaldo Gueldini.

Ainda no 1º tempo, o mandatário do Brasiliense estava insatisfeito com a atuação do lateral esquerdo, Léo Campos. E dizia “Pô o moleque está perdido em campo. Não acerta uma bola. O time deles já descobriu uma avenida por ali”. Informação que rapidamente foi repassada para o auxiliar Marquinhos que levou até o técnico Reinaldo Gueldini. Resultado: No intervalo, Estevão saiu da tribuna de honra, foi ao vestiário e no retorno para o segundo tempo, Jorge Henrique já tinha ingressado no lugar de Léo.

2º tempo deixou o presidente ainda mais bravo. Insatisfeito com a lentidão do meio campo e com a pouca criatividade para a construção de jogadas, o que fazia o volume de jogo do Sobradinho crescer, ele bufava “Não entendi por que você não convocaram volantes para esse jogo. Nosso meio campo é lento. Volante sempre é bom ter no grupo e no banco de reserva. Assim os zagueiros não ficam expostos”, resumiu.

Uma coisa tenho que fazer justiça, o Luiz Estevão entende de futebol. Ele tem olho clinico e consegue observar bem o que ocorre durante o jogo. Muitos analistas não têm a percepção que ele tem das quatro linhas. Gostaria de ouvir o Presidente do Brasiliense em uma transmissão de rádio comentado. Deixaria muita gente com inveja. Acho que isso justifica um pouco as incessantes interferências ao logo do jogo. Tento me colocar no lugar dele. Se eu tivesse um time de futebol e tivesse a percepção sobre o plantel e a partida não sei se também não teria uma atitude semelhante, mesmo achando que o treinador já é pago para escalar e ser responsável pelo time, inclusive pelos insucessos.




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